Artigo: Análise de Mensagens Enviadas para um Sistema de Tutoria em Química na Web
O artigo acima acumula muitas informações referentes não apenas aos conteúdos das mensagens em si, mas a capacidade de contextualizar seus pensamentos, e conseguir transmitir adequadamente aos orientadores a dúvida que têm; A relação entre as classes de perguntas, e a faixa de idade em que se apresenta em maior número; E ainda mostra em que percentual as diversas regiões do Brasil utiliza a internet como ferramenta de consulta para tirar dúvidas.
Dentre os muitos aspectos desta pesquisa, o percentual de dúvidas categorizadas como de problematização e contextualização somadas apresentaram um resultado de 17%, constituindo um dos pontos mais relevantes a ser considerado. Esse resultado demonstra a superficialidade com que são estudados os conteúdos de química no ensino médio, lembrando que estes são maioria como usuários do site em questão. Também demonstra o desinteresse destes alunos em aprofundar seus conhecimentos, ou até mesmo a incapacidade de contextualizar suas próprias observações, relacionando-as aos conceitos já assimilados para construção de modelos.
A mudança na estrutura do currículo, e o desenvolvimento de competências requeridas para implantação de uma metodologia mais desafiadora pelos professores, são ações urgentes para que a atual situação do ensino de química se modifique.
Apesar de complexa é uma mudança necessária, e deveria começar na formação dos futuros professores, já que fazer certo da primeira vez, como diz um velho ditado é a melhor saída. Como estudante do curso de licenciatura, percebo que apesar de estarem presentes no currículo, as disciplinas da Faculdade de Educação são desprezadas pela maioria dos estudantes, que contam com o formato fácil de avaliação. É comum entre estes estudantes a frase: “...estou estudando as outras matérias mais importantes, estas ( referindo as didáticas) são mais tranquilas, é só dar uma lidinha...” Nota-se que a organização Educador-aluno começa a ruir antes mesmo da formação do próprio educador. Se o compromisso com a educação, levando em consideração que não basta ter domínio da matéria em questão, mas também das práticas de ensino não existir entre os graduandos, os resultados observados no artigo apresentado serão os mesmos quando estes estiverem em sala de aula.
Agora penso como seriam avaliados nossos discursos neste ambiente virtual, e qual seriam os resultados encontrados se o objetivo do artigo fosse avaliar nossos conhecimentos ou habilidades para prática de ensino!